A moda não é só peças de certas cores e tecidos. Segundo Avelar (2009, p. 27), a moda inclui “ideias novas que mostram novos jeitos de pensar”.
Uma ideia nova é a de um mundo onde objetos conversam sem precisar da gente. Isso é o que vemos na internet das coisas (IoT). Ela permite que coisas ajam por si só, sem precisar ser mandadas por nós.
Além disso, tecnologia se tornou tão comum que está em todo lugar. Isso muda como interagimos com ela, pois não estamos mais limitados a um local físico para acessar redes. Junte a isso o fato dos aparelhos entenderem o mundo à sua volta. Eles reagem ao que está acontecendo com eles.
A ideia é que essas tecnologias, incluindo as roupas que usamos, nos conectem mais com o mundo. Elas nos colocam em um ambiente ativo, onde coisas podem acontecer sem a nossa intervenção direta. Assim, a moda e a tecnologia andam juntas para tornar nosso dia a dia mais dinâmico e integrado.
Principais Insights
- A moda reflete novos paradigmas, incorporando elementos não-humanos em um ambiente interativo.
- As tecnologias vestíveis devem permitir o movimento sem limitações e executar alguma forma de “performance computacional” no âmbito artístico ou funcional.
- Wearables combinam design, moda e tecnologia, como o projeto Fundawear da Wearable Experiments para a Durex, que proporciona a reprodução do toque do parceiro por meio de roupas íntimas.
- A modulação de sinais a partir de acessórios vestíveis pode criar uma área pessoal de comunicação em rede, estabelecendo conexões por meio do corpo.
- O projeto Navigate da WE:EX oferece uma experiência de localização urbana, orientando o usuário por meio de vibrações sutis em um blazer, eliminando a necessidade de olhar para um mapa no dispositivo.
A Era da Tecnologia Vestível
A moda se une às tecnologias vestíveis, inserindo computação nas roupas. Há vários nomes para isso, como computador vestível ou wearable computer. Também se usa o termo tecnologia vestível. Seymour (2008) introduziu o conceito de fashionable technology. Ele conecta design, moda, ciência e tecnologia. Segundo Donati (2004), a tecnologia vestível deve ser confortável e livre, não limitando os movimentos. Ela ainda deve ter uma função artística ou prática.
Computadores Vestíveis: Redefinindo a Interação Corpo-Tecnologia
Os “wearable computers” se comunicam com o usuário, permitindo usar dispositivos enquanto faz outras coisas. Alguns têm formas rígidas, como Google Glass e Android Wear, feitos por grandes empresas. No esporte, dispositivos como a Nike FuelBand e a Adidas miCoach ajudam os atletas. Tecnologias vestíveis feitas com tecidos vêm mais de centros de pesquisa.
Exemplos de Tecnologias Vestíveis Inovadoras
A Wearable Experiments, WE:EX, une moda e tecnologia em seus wearables. Eles desenvolveram o Fundawear da Durex, que simula o toque do parceiro em roupas íntimas via smartphone. O projeto Alert Shirt, para a Foxtel, faz o usuário sentir o que os jogadores sentem. Eles também inventaram o blazer Navigate, que orienta na cidade com vibrações indicando o caminho. Esses projetos mudam a relação das pessoas com a tecnologia nas cidades.
Intersecção entre Moda e Tecnologia
A moda e a tecnologia estão se aproximando mais. Elementos tecnológicos estão se tornando essenciais na nossa vida atual. Mark McLuhan disse que o jeito de se vestir amplia quem somos. Mas, para isso, devemos ver tecnologia e homem juntos, não um contra o outro (Lemos, 2013).
Hibridização: Mesclando Estética e Funcionalidade
Bruno Latour acredita que dividir entre humano e não-humano é um erro. Para ele, deveríamos ver esses lados sem separação, de forma igual. Assim, a forma antiga de encarar tecnologia e moda muda.
O Corpo como Interface: Percepção Aumentada
Hoje, a tecnologia está incorporada em nosso dia a dia. Vemos nosso corpo como algo além, uma interface para o mundo tecnológico. Isso vai de itens como wearables e smartwatches a jóias inteligentes e óculos inteligentes. Todos trazem mais saúde e conexão.
Isa Meirelles, com deficiência no olho esquerdo, falou sobre moda acessível e tecnologia. Isso aconteceu no BRIFW+Wired Conference. Ela mostrou como a tecnologia promove a inclusão.
Cid Torquato destacou a importância de roupas para pessoas com deficiência. Ele organizou o primeiro desfile acessível na São Paulo Fashion Week, com audiodescrição, em 2019.
A startup Upland mostrou como a blockchain muda a relação da moda com o mundo virtual. Eles procuram inovar em vendas no setor. Ney Neto, da Upland na América Latina, falou sobre novas formas dos usuários criarem e venderem peças ao redor do mundo.
Revolucionando o Design: A Moda na Era Digital
A moda está mudando graças à tecnologia. A escolha de algoritmos inteligentes e recomendações personalizadas está mudando como as pessoas veem a moda online.
Algoritmos Inteligentes e Recomendações Personalizadas
O Blazer App não é só para comprar. Com seu vasto banco de dados de estilos e algoritmos inteligentes, ele sugere roupas feitas sob medida para seu gosto e as últimas tendências.
Jornada Imersiva: Um Personal Stylist na Palma da Mão
Usar o Blazer App parece ter um personal stylist sempre com você. Isso mistura experiência imersiva, tecnologia vestível e internet das coisas (IoT). Assim, a moda se torna mais envolvente e feita especialmente para você.
Conclusão
A ligação entre moda e tecnologia está mudando o jogo. Com tecidos high-tech e roupas eletrônicas, o estilo ganha novas funções. O Brasil, por exemplo, é um dos líderes nesse mercado. Exporta até US$ 1 bilhão e cria 1,5 milhão de empregos com isso. Apesar disso, a união de tecnologia e moda não é forte aqui, ao contrário dos EUA. Lá, a proteção de dados nesse campo é super importante.
Espera-se que a tecnologia traga ainda mais novidades para a moda. Coisas como design em CAD, impressão 3D e inteligência artificial já estão fazendo a diferença. Elas trazem mais personalização, itens mais sustentáveis e uma experiência de compra única.
A moda e a tecnologia andam juntas para nos colocar mais perto do mundo à nossa volta. Elas tornam nossa experiência única e rica. Marcas brasileiras como Amaro e Renner estão à frente. Usam dados e inteligência artificial para vender melhor. E o público está discutindo mais sobre como regular essa união, pelo menos no Congresso Nacional.
